Marinhas

O Centro de Educação Ambiental (CEA), na Quinta do Paiva, para além de constituir uma mais-valia no trabalho de sensibilização, educação e formação ambiental, é um pólo dinamizador e inovador na área do ambiente, onde são potenciadas e trabalhadas novas metodologias. Os espaços disponíveis do CEA proporcionam um indispensável enquadramento técnico e logístico aos projectos a desenvolver, contribuindo para uma nova percepção da relação Homem/Ambiente e o contacto com novas formas de conhecimento. Tendo como base a formação e o esclarecimento da comunidade, este equipamento potencia o desenvolvimento de um espírito de co-responsabilidade e de cidadania rumo à sustentabilidade ambiental do concelho. A exposição permanente “Ambiente Interactivo” constitui uma das principais fontes de atracção do equipamento, que dispõe de Biblioteca equipada com diversas publicações relacionadas com o meio ambiente, Ecoteca, Auditório com 70 lugares sentados e sala de actividades. Ao nível dos espaços exteriores, o CEA integra as oficinas de trabalho do Verdinho e do Caça-Sujões, Hortas pedagógicas, Horto Municipal, Trilho da Biodiversidade, Cantinho da Compostagem e Parque de Merendas.

Na Abelheira podemos observar testemunhos da riqueza cerealífera desta região. Os antigos moinhos são edifícios de corpo cilíndrico, construídos em granito e localizados na encosta do monte, onde os ventos predominantes podiam ser bem aproveitados. Para tal, o topo do moinho, chamado “capucha”, era móvel, podendo ser orientado pelo “rabo” do moinho – um leme que forçava a “capucha” a rodar conforme o vento – para aproveitar a orientação deste. As velas eram quatro e triangulares, fazendo rodar a engrenagem interior, constituída pela “entrosga” e “carrete”, que, por sua vez, fazia rodar a mó movente, também chamada “andadeira”. O seu movimento sobre a mó fixa – ou dormente – transformava o cereal em farinha. Todo este mecanismo estava montado no andar superior do moinho, a que se acedia por uma escada, estando o andar inferior destinado ao trabalho do cereal e da farinha. Outra forma de reduzir o cereal a farinha utilizável na alimentação era o emprego da força hidráulica das ribeiras. É o caso da ribeira da Abelheira, onde muitas azenhas rodaram em tempos. Estas azenhas eram conhecidas por “copeiras” ou “de montanha”, numa clara alusão ao seu mecanismo de aproveitamento da força das águas. No ribeiro de Peralta, aqui próximo, para além de azenhas era também aproveitada a corrente hidráulica para engenhos de serrar madeira.

No lugar de Góios, em espaço que adoptou para fixar residência a partir de 1974, o Atelier Museu Henrique Medina reúne quadros do seu vasto espólio de pintura.